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A voz que vem da alma, CATHY PIMENTEL.

Domingo é dia de descansar, ouvir boa música, saborear um bom vinho, deixar o coração em paz e a alma leve.

No meu aparelho só tocam as músicas que me fazem viajar sem sair da cadeira/da rede/do sofá... Música enche minha alma e minha mente de lembranças e sonhos. Sou capaz de ouvir a mesma música/o mesmo cd infinitas vezes sem me cansar. E é isso que acontece quando ouço os CDs Horizonte e Fado Coimbra da cantora fadista Cathy Pimentel.


Cathy é de origem portuguesa, mas, vive no Canadá. Esteve, recentemente, em São Paulo onde apresentou seu mais novo álbum 'Fado Coimbra' com o sucesso - Amor e Fogo de Luiz de Camões. “Para mim é um prazer, uma honra poder representar a cultura portuguesa no Canadá, nos Estados Unidos, na Europa e agora no Brasil”, confessou a cantora quando nos encontramos em São Paulo na sua breve estadia por aqui.

Meu coração se enche de alegria, amor, paz, dor, saudade, sonhos e desejos todas as vezes que a ouço cantar. Conhecer a Cathy foi um prazer. Seu carisma e seu sorriso encantam a todos. O fado faz meu coração chorar, mas a doce voz da Cathy faz meu coração transbordar de alegria e sonhos. É um ‘Horizonte’ que se abre como as cortinas de um espetáculo... ora em português, ora em italiano, as vezes em francês, outras em inglês, mas, o fato é que Cathy canta com a ‘voz da alma’.


Cathy Pimentel é uma artista completa: autora, compositora, intérprete e já se apresentou nos mais diversos países cantando em cinco idiomas. “Canto boleros, tangos, e muito mais durantes os meus shows, faço uma mistura cultural para agradar e dar um pouco do Mundo a todos os presentes. É uma linda forma de mostrar o nosso fado de uma maneira colorida e internacional, explica Cathy.


A cantora fadista está na estrada musical há mais de 20 anos, levando música de qualidade por onde passa - da ópera ao rock, mas ‘Como diz o lindo Fado d'Amália... Trago o fado nos sentidos, tristeza no coração..Penso que o fado é um Estado de ser, de viver e transmitir as emoções, por isso só comecei a cantar o Fado quando senti que já tinha experiência da vida, do amor, da tristeza, de problemas e também quando já tinha quase 30 anos de idade”, conclui Cathy.


Numa ‘prosa alegre e solta’ Cathy me contou que, em 2013, escreveu um fado a Deus (Falo com Deus) e explicou que ‘o seu fado não é vaidade, não é falso, ele é a pura verdade, o amor intenso, o sofrimento e a dor.’ O fado não é gritado e nem mal tratado, ele é a transmissão de uma emoção, uma vontade de contar o que ela tem dentro de si, por isso a mídia a chama de ‘ A voz da Alma’... Ouvir a voz de Cathy é viajar sem sair do lugar.

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