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Singularidades Portuguesas


Hoje estive no Consulado Geral de Portugal em São Paulo para a quarta sessão do Cine Lusco Fusco que contou com a presença do Cônsul Geral de Portugal, Sr Paulo Lopes Lourenço. Acho que foi a primeira vez que assisti a um filme português, de fato. Adorei! Quero assistir mais filmes portugueses, com áudio português, expressões ‘giras’ e lugares que me remetem boas lembranças.

Ao final do filme ainda saboreei um delicioso Porto !

Fui assistir o filme “Singularidades de uma Rapariga Loura” (2009), do aclamado diretor português Manoel de Oliveira, baseado no conto homônimo de Eça de Queirós é surpreendente ! Um dos diretores mais originais dos últimos tempos, falecido no ano passado, Manoel de Oliveira foi incansável em seus mais de 80 anos de carreira, produzindo 62 filmes, entre curtas e longas.

Singularidades de uma Rapariga Loura, de 1874, além de uma obra-prima, é o primeiro conto de cunho realista em português. O conto conta a história de Macário. Em uma viagem de trem, o contador Macário (Ricardo Trêpa) decide se abrir à passageira do lado (Leonor Silveira). Ele conta as agruras que lhe atormentaram nos últimos meses. O relato nos leva diretamente ao ponto em que ele conhece Luísa (Catarina Wallenstein), jovem que vive com a mãe no prédio do outro lado da rua do escritório onde trabalha que pertence a seu tio. Diante da imagem de Luísa segurando seu leque na janela de frente, Macário imediatamente se apaixona. A partir daí, seu destino estará selado.

Na vida real, Catarina Wallenstein nasceu em Londres. A sua família estabeleceu-se em Lisboa quando era ainda criança. Filha de Pedro Franco Wallenstein Teixeira, contrabaixista da Orquestra Sinfônica Portuguesa, e de sua mulher a cantora lírica, Lúcia de Castro Cardoso de Lemos. Catarina integrou o coro da Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde também estudou violoncelo e canto coral. A mesma fundação levou-a a participar nos elencos infantis de óperas como Tosca, La Bohème, Carmen, no Teatro Nacional de São Carlos.

Atuou nas peças Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e O Equívoco, de Albert Camus. Em 2004 chegou à televisão e em 2006 marca presença no curta-metragem Sitiados, de Mariana Gaivão e no telefilme Glória, de José Nascimento. A partir daí divide-se entre o cinema e a televisão. Integrou o elenco das séries Nome de Código: Sintra (2007), Conta-me Como Foi (2007). Em 2008, freqüentou o Conservatoire National Supérieur D'art Dramatique em Paris.

Catarina foi vencedora da primeira edição do Prêmio L'Oreal Paris — Jovem Talento, no European Film Festival, de 2007, realizado no Estoril e em 2009 o filme “Singularidades de uma Rapariga Loura” lhe rendeu o Globo de Ouro.

Não deixe de assistir SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA !!!!

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